A Internet e sua Política do confronto

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O que deveria ser um local democrático e saudável para conectar as pessoas, contribuindo para formação de um debate público coerente e ordeiro; ambiente de uma discussão madura para resolução dos problemas humanos, a internet se tornou um palco de horrores onde os defensores, anônimos ou verificados, assumem descaradamente suas posições ideológicas, ao invés do interesse pelo bem humano*. Aristóteles estaria desapontado.

Conservadores e progressistas vivem numa queda de braço sem freio e sem fim, valendo-se de todo tipo de argumento ofensivo e estratégias para parecerem vitoriosos as respectivas audiências , já que é o que importa na internet. Empenhados em cancelamentos, acusações, notícias falsas, na defesa capenga dos valores e na pretensa liberdade de expressão; propostas que são ordinariamente estafantes por culpa dessas inglórias lutas idealizadas.

Esgotam-se em argumentos quase infantis, quando não desleais e aquilo que importa de verdade, a resolução pacífica das diferenças para que possamos conviver de forma decente, foi engolida, varrida do meio, obstruída por escândalos diários sem propósito além do interesse próprio. 

A política, que é o sinônimo do diálogo e da convivência, está adoecido e tomou ares de conflito entre lados que não querem realmente tratar dos problemas da sociedade, mas apenas têm em comum um único objetivo: não perder a discussão. O colapso das ideias  gerou uma guerra virtual entre ideologias.


Nota: 

*Aristóteles em sua "Ética" estabelece que a finalidade da política e, por consequência do debate político, é o bem humano, ou seja, a felicidade dos homens em sociedade.





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