Se pararmos para analisar como usamos o tempo que dispomos e qual o valor real que atribuímos ao proveito da vida, vamos perceber o quanto estamos em dívida com a providência. "Possuímos de verdade alguma coisa? Todas as coisas nos são alheias; só o tempo é nosso." Disse um Sêneca já maduro de espírito.
"O tempo é como um fluxo percorrendo nossas veias". Como se não bastasse tantos detalhes da vida, da personalidade e da natureza humana, ainda temos a limitação deste. Sêneca diz que: "A natureza deu-nos posse de uma única coisa fugaz e escorregadia, da qual qualquer um que queira pode nos privar"; ou seja, o tempo.
Quase sempre apressado, o homem absorto esquece de dar atenção aos momentos importantes e aos pequenos detalhes da vida. Faça a você mesmo a pergunta que Sêneca fez a seu amigo Lucílio, descrita na carta [Da economia do tempo] que motivou esse texto — "podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, que valorize o seu dia, e que entenda que se morre diariamente?"
A carta de Sêneca trata de forma refletida da boa condução das horas de que dispomos, soando como um alerta sobre o valor do tempo e da vida; das pessoas e das pequenas coisas que nos cercam, onde é possível encontrar uma felicidade verdadeira e palpável. Fazendo aquilo que cabe a nós como destino.
"Cada dia significa uma vida em si mesmo, como um ciclo que se inicia e se encerra numa pequena morte". Cada dia nasce como uma oportunidade única para se viver o ápice; o topo da existência humana. Vá e não desperdice mais pequeno Lucílio...
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